Algumas figuras conseguem transgredir o sucesso profissional dentro de seu ramo de atividade e passam a compor um seleto olimpo de gênios capazes de ajudar a construir a marca de seu País. Desde ontem (5), os principais veículos da imprensa internacional publicam notícias sobre a morte do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, de 104 anos. Não há prova mais irrefutável de quanto Niemeyer foi, e certamente ainda será, mesmo morto, um grande ativo cultural e criativo vinculado a imagem do Brasil para o mundo.
Nos Estados Unidos, no Reino Unido, na França, nos países muçulmanos e na China, as agências de notícias, emissoras de televisão e jornais informaram sobre a morte lembrando sua trajetória e estilo. As agências internacionais de notícias Reuter, BBC e Bloomberg deram informações desde ontem à noite sobre a morte de Niemeyer. Ambas destacaram as obras do arquiteto, a construção de Brasília e as características peculiares do seu estilo. Em praticamente todas as reportagens havia fotos de Niemeyer e imagens de Brasília.
Os jornais The New York Times e The Washington Post, além de vários veículos regionais, como o Miami Herald, publicaram em destaque a morte de Niemeyer. O The New York Times chamou o arquiteto de precursor de uma nova geração que deu vazão à sensualidade e à liberdade de imaginação com fotos da Catedral de Brasília e uma aérea da cidade. O jornal Washington Post classificou Niemeyer de o “mais famoso arquiteto da América Latina”. No Reino Unido, os jornais The Guardian e Financial Times, de veiculação nacional, publicaram a notícia da morte do arquiteto destacando detalhes da sua personalidade.
The Financial Times lembrou que Niemeyer era comunista e ressaltou sua síntese sobre a vida: “A vida é um suspiro, um minuto. Nós nascemos, nós morremos”. O The Guardian publicou uma fotografia de Niemeyer jovem e destacou que ele foi o responsável por mudar o estilo da arquitetura do século 20.
Para o Le Monde, um dos principais jornais da França, Niemeyer era o “arquiteto da sensualidade”. Na reportagem, há duas fotografias: uma do arquiteto olhando a paisagem do Rio de Janeiro pela janela e a outra do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidenta da República, Dilma Rousseff. Segundo a matéria jornalística, Niemeyer revolucionou a arquitetura.
A Xinhua, agência estatal de notícias da China, publicou uma reportagem longa copilando várias informações sobre o arquiteto. Também ressaltou a nota de pesar da presidenta Dilma Rousseff. A emissora Al Jazeera, uma das principais do mundo árabe, definiu Niemeyer como o “arquiteto futurista” e lembrou seu legado com mais de 400 obras espalhadas pelo mundo.
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