O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar)
recomendou a retirada da campanha da fabricante de peças íntimas Duloren
entitulada "Pacificar foi fácil. Quero ver dominar". Segundo a entidade, cerca
de 30 reclamações foram registradas contra a campanha, já que seria uma
propaganda sexista, racista e desrespeitosa para com as forças policiais do Rio
de Janeiro.
Na campanha, uma imagem de uma mulher vestida de lingerie - com uma
favela de plano de fundo - aparece segurando parte do uniforme de um suposto
policial, com o título da campanha logo acima dos personagens. De acordo com o
Conar, a recomendação foi aprovada por unânimidade, porém ainda cabe recurso à
empresa.
A campanha, que estava presente apenas no site oficial da empresa, já
saiu do ar, mas permanece na página da Duloren no Facebook. Para Marcelo
Gorodicht, diretor executivo da X-Tudo Comunicação, que assina a campanha, o
objetivo foi posicionar a marca como a utilizada por mulheres "corajosas, que
têm atitude, são questionadoras e que não são dominadas pelo homem". Gorodicht
ainda afirmou que a recomendação foi uma forma de censura à campanha.
A Duloren afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda não foi
notificada sobre a decisão. A empresa diz ainda ter informado ao Conar durante a
análise da peça que não houve preconceito na campanha e que apoia a luta contra
"todo o tipo de ofensa".
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