Uma campanha criada pela AlmapBBDO para a marca de azeite Gallo no ano passado está gerando polêmica por supostamente incorrer em racismo. Ao divulgar a nova embalagem do produto, uma das peças diz: "O nosso azeite é rico. O vidro escuro é o segurança."
A colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo diz, na edição desta quarta-feira, 29, que o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) "deve julgar em breve representação" contra a criação. Mas o conselho, procurado pelo Adnews, afirmou que, por ora, "não tem essa informação" e que ela certamente não saiu de lá.
"Naturalmente o Código de Autorregulamentação Publicitária condena qualquer indicação de racismo na propaganda", completou a assessoria do Conar.
Procurada pela reportagem, a Almap preferiu não se pronunciar. "Não vamos criar especulação em cima disso. Quando o caso for julgado a gente comenta", disse a assessoria.
Politicamente correto
Casos que levantam polêmicas como esta não são raros na propaganda brasileira. Em 2011, a modelo Gisele Bündchen protagonizou a maior repercussão sobre o assunto quando estrelou a campanha "Certo" e "Errado".
A convite da marca de lingeries Hope, ela ensinava diferentes formas de comportamento para amenizar possíveis reações negativas dos maridos frente a incidentes do cotidiano. A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) não gostou. Disse que o apelo "promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido".
À época, "Adnews em Revista" levou a discussão para a capa da edição com o sequinte questionamento: "A saga do politicamente correto cala a criatividade na propaganda?"
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