quarta-feira, 1 de outubro de 2008

40 ANOS DE BOM GOSTO E ÉTICA


Jô Nascimento

A paulistana DPZ acaba de completar 40 anos. A agência, que tem como valores verdade, originalidade, bom gosto e moral nos negócios, vem a cada dia evoluindo e superando os desafios da propaganda. Fundada no auge da ditadura militar, a trajetória da DPZ se confunde com a história da propaganda no Brasil. Fundada por Roberto Duailibi, Francesc Petit e José Zaragoza, a DPZ é a grande pioneira da publicidade nacional e referência da propaganda brasileira no exterior.


Durante essas quatro décadas de existência, a agência criou campanhas e marcas como o franguinho e o S da Sadia, a logomarca do Itaú, o garoto Bombril, o baixinho da Kaiser, dentre outros que certamente marcaram a sociedade e fizeram história na evolução do ramo. A DPZ também formou muitos dos profissionais que hoje fazem sucesso em todo o mercado. Como é o caso de Washington Olivetto, Nizan Guanaes, Gabriel Zellmeister e Marcello Serpa.


Já diria Sergio Reis: "Panela velha é que faz comida boa". E para a DPZ o lema é, literalmente, provar que o passar dos anos só trouxe experiência e condições, para melhorar a cada trabalho. Segundo o diretor-geral da agência, Flávio Conti, neste ano, a empresa experimenta a melhor etapa de todos os tempos, e está encerrando o primeiro semestre com resultados acima das expectativas. "A DPZ deve apresentar crescimento de 22% em relação às metas projetadas para o período", declarou Conti.

"Esses resultados fazem parte de conceitos estratégicos que passamos a adotar e que devem trazer desempenho ainda melhor no segundo semestre", afirma o sócio-diretor da agência, José Zaragoza, o Z, da DPZ. O bom momento, diz Conti, está nítido na mídia, com a grande quantidade de veiculação que a agência está fazendo. "Estão no ar, neste momento, filmes e anúncios impressos de Itaucard, Itaú, Vivo, Dreher, Old Eight, Neve, Bombril, Senac, Bovespa/BM&F, Paramount, Centenário da Imigração, NewCare (Mantecorp) e Personnalité. Sem contar o ritmo de conquistas de novas contas".

Na década de 70 os três aparecem em comercial para a Rádio Record

O mais novo cliente do portfólio da agência é o parque Beto Carrero World, conquistado em julho. Neste ano, a DPZ ganhou a conta de grandes empreendedores como é o caso da CHL, líder no setor da construção no Rio de Janeiro, Outback, NKS, Drury's, Old Eight, Tanto da Bombril, Itaú Argentina e Sky Land and Sea.

Segundo Flávio Conti, a DPZ pretende aproveitar ao máximo essa fase. Para ele, tudo isso é o reflexo do novo posicionamento da agência, como a relação com os clientes que se aprimora e se recicla todos os dias. Além, também, da criação, cada vez mais próxima da realidade das contas, sabendo explorar bem situações e demandas específicas. "Isso permite a criação de idéias e conceitos de sucesso e que já estão na cabeça do consumidor", declara.

O momento da DPZ tem muito a ver com a renovação feita na criação, que começou no ano passado, com a promoção de Fernando Rodrigues ao cargo de diretor de Criação. Depois, para trabalhar a seu lado, dividindo o comando, veio Marco Versolato e mais recentemente, Diego Zaragoza. Essa renovação foi muito significativa e deu à DPZ um novo ritmo. "Estamos fazendo 40 anos, mas não perdemos a mão nem o bom gosto criativo em tudo o que fazemos. As peças que criamos têm sempre, como condição, oferecer respostas ao consumidor e na outra ponta a satisfação do cliente", acrescenta Zaragoza.

Roberto Duailibi

COROA QUARENTONA - Quem pensa que depois dos 40 é tempo de sentar e esperar a aposentadoria chegar, se engana! A DPZ no auge das suas quatro décadas de história se mostra com fôlego, músculos e cérebro de jovem. Continua demonstrando eficácia e contemporaneidade na mídia, pela criação trabalhos e ícones que atendem às necessidades do marketing mundial. Hoje a mais premiada do Brasil. Ontem, já era a grande vencedora pela braveza de ter nascido e perdurado à era da ditadura militar.

Criada em 1968, o espermatozóide da DPZ foi o estúdio de design Metro3, fundado em 1962 por Zaragoza e Petit. O estúdio ganhava fama pelo potencial e os trabalhos inovadores que desenvolvia. Então nasceu à idéia de junto com Roberto Duailibi, que já era freelancer do estúdio, fundar a agência.

Francesc Petit

O tempo é a grande prova de que a parceria deu certo. Foram quarenta anos de prosperidade e desafios superados. Agora com o slogan "a mais criativa do Brasil" a agência se orgulha de ser 100% brasileira e está comemorando o seu quadragésimo aniversário.

LEVANTA QUE VEM BADALAÇÃO! - Para comemorar a data, a agência montou calendário comemorativo para todo o segundo semestre. Além das homenagens que já recebeu e vai receber, fará eventos internos, para os funcionários, e terá encontros a fim de promover a confraternização com os clientes em torno da data. Durante o mês de julho, foi homenageada de várias formas por veículos de comunicação como Editora Abril e Rede Globo.

A idéia é que este seja o "ano 40", ou seja, muitas ações acontecerão daqui para o final do ano. Em todas elas a data será lembrada. Eventos dos mais variados serão promovidos, desde coquetéis à queima de fogos, tudo programado procurando chamar a atenção de todos para os 40 anos de DPZ.

José Zaragoza

SEGREDO DO SUCESSO - Compromisso com a verdade, segundo Zaragoza, esse é o segredo dos 40 anos de sucesso. Para ele, não adianta fazer uma campanha maravilhosa se ela faltar com a verdade para com o consumidor. Outro ponto importante é o compromisso com a originalidade. "A DPZ busca sempre inovar e surpreender o cliente", afirma Zaragoza. Há também o compromisso com o bom gosto. "Talvez seja um dos fatores mais importantes, é preciso manter a qualidade do que é feito", acredita.

Outro ponto que a agência preza muito é a moral nos negócios. "Moral nos negócios é sem dúvida o mais importante", afirma Zaragoza e completa: "Não se chega a lugar algum sem moral, sem respeito aos concorrentes, aos clientes, aos funcionários, aos fornecedores. A moral é fundamental em um mundo em que se vê tanta fraude. Esse conservadorismo até já nos custou algumas conquistas, mas não abrimos mão da moralidade nos negócios", declara.

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