De papel, luminoso, fixado na parede... Estas são apenas algumas variações do que chamamos de outdoor. Nesta sexta-feira, 31, é comemorado o Dia do Outdoor, data instituída em referência à fundação da Central de Outdoor, entidade que reúne os principais nomes do setor. Considerado o meio publicitário mais antigo utilizado pelo homem, o outdoor surgiu como forma de divulgação de pequenos comerciantes e hoje, se renova cada vez mais, conquistando novos espaços e adotando novas tecnologias.
Ao pé da letra, outdoor significa, em inglês, “do lado de fora da porta”, contudo, o vocábulo vai um pouco além. Em termos publicitários, a palavra outdoor é utilizada como abreviatura da expressão “outdoor advertising” e corresponde a toda propaganda feita ao ar livre. No Brasil, o outdoor possui uma definição específica. Segundo Marcelo Moura, presidente da Central de Outdoor, outdoor é toda mídia exterior exposta em um painel de 9 metros de comprimento por 3 metros de altura, padrão este, que foi uma das conquistas da entidade. Desta forma, todo outdoor é uma forma de publicidade ao ar livre, entretanto, nem toda publicidade ao ar livre é outdoor, como no caso do mobiliário urbano.
Apesar de tratar-se de uma mídia exterior, o mobiliário urbano não pode ser caracterizado como outdoor. Primeiro porque não segue os padrões do outdoor e segundo, porque é implantado como forma de serviço à população. “O mobiliário urbano inclui itens como os relógios eletrônicos, cabines de segurança, pontos de ônibus e outros. Ele é um elemento publicitário presente nas áreas públicas por meio de uma concessão, mas que tem como objetivo principal beneficiar a população”, explica Moura.
Além do mobiliário urbano, inovações tecnológicas têm se mostrado cada vez mais presentes nos outdoors, como os painéis de LED. “Nosso maior e atual desafio é padronizar estas novas formas de outdoor, não só para facilitar o trabalho do anunciante, mas também deixar a cidade com um aspecto harmônico”, conta Marcelo. Outra novidade tecnológica que está prevista para o segmento é o sistema AtlasGeo. Desenvolvido pela Central de Outdoor e previsto para ser lançado em março de 2013, ele funciona como uma ferramenta para programação de outdoor em campanhas publicitárias. “Como o próprio nome diz no sufixo ‘geo’, que vem de geolocalização, o sistema nada mais é que um atlas de cobertura de uma propaganda, permitindo também que a pessoa veja onde a peça está instalada”, comenta.
Em relação à Lei da Cidade Limpa, em vigor na cidade de São Paulo desde janeiro de 2007, Marcelo é enfático. “A Lei da Cidade Limpa foi algo drástico para a cidade de São Paulo, pois, a partir do momento que retirou a publicidade externa, o outdoor deixou de prestar serviço à população. O outdoor tem seu papel na sociedade como qualquer outro veículo de comunicação, gerando empregos e atendendo às necessidades de venda e consumo de empresas e consumidores”, afirma. Mesmo com a proibição de anúncios publicitários em outdoors, táxis, ônibus e bicicletas, a Lei da Cidade Limpa não afetou os números do outdoor no país. Em 2007, quando a lei foi instituída, o faturamento do segmento foi de R$ 308 milhões. No passado, este valor chegou a R$ 438 milhões.
O executivo também relembra o caso de Cannes, cidade francesa onde toda ação é externa é considerada como um outdoor, podendo até mesmo concorrer na categoria de mesmo nome no Festival de Cannes. “O que vivenciamos atualmente em São Paulo é uma regionalização, já que outros estados do Brasil continuam utilizando o outdoor. No entanto, com as eleições se aproximando, talvez ela possa ser revista. É algo que já estamos propondo e esperamos obter no futuro”, finaliza.
Por Stephanie Hering
Nenhum comentário:
Postar um comentário