quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sites de compras coletivas fecham e sobreviventes buscam alternativas



O modelo de compras coletivas online surgiu com ofertas de restaurantes e salões de beleza. Logo depois atingiu outros setores varejistas e, posteriormente, veio a aproximação com o setor publicitário. Mas em pouco mais de dois anos, muitos sites nasceram e morreram. Cerca de 250 portais ativos fecharam recentemente e forçaram o mercado a se reinventar.
Os que restaram precisam se manter e mostrar ou não se tudo isso não passou apenas de uma moda. Alguns deles estreitaram os laços com o setor publicitário e começaram a explorar um potencial como veículo de mída.
“O segmento de compras coletivas tem cara de varejo, mas na verdade é um negócio de mídia”, disse Guilherme Ribenboim, presidente do ClickOn, ao Estadão. O tráfego de consumidores é, no entanto, uma estratégia para atrair anunciantes. “O nosso cliente entra no site para comprar. As empresas querem aproveitar esse momento para divulgar suas marcas”, completa.
Há um mês, a empresa passou a divulgar anúncios publicitários. Além disso, pretende explorar o potencial, que até então estava inerte, para gerar receita sem colocar as ofertas coletivas de lado. O ClickOn já vendeu espaço publicitário para a Sony, Vivo, Claro, Microsoft e Sky, por exemplo.
Já o Groupon diz que vai fazer de tudo para não sair do foco das compras coletivas e que colocar publicidade em suas páginas foge dos planos. O Peixe Urbano também alega que não adota o recurso, mas estuda outras estratégias para gerar receita.
Os primeiros sites do segmento no Brasil foram lançados em março de 2011 e passaram por transformações. O número de portais ativos caiu de 1.100 para 850 entre novembro de 2011, quando o estudo começou a ser feito. Os dados são do agrupador de ofertas SaveMe e da consultoria e-bit.
Atualmente, dez portais concentram cerca de 75% da receita do setor, de R$ 1,6 bilhão em 2011. “A redução do número de sites é resultado do amadurecimento do setor. Mas o mercado de compras coletivas continua a crescer, principalmente na classe C”, disse Guilherme Wroclawski, CEO do SaveMe.
Em abril, o setor faturou R$ 142 milhões. O crescimento foi de 2,9% em relação a março, segundo dados do SaveMe.
Com informações do Estadão

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