Ele nasceu no século passado e hoje está em 80% dos lares brasileiros. Foi o primeiro grande veículo de massas do país e seu sucesso está na vocação comunitária e, ao mesmo tempo, na capacidade de alcançar qualquer lugar, a qualquer hora. Gratuito, é acessível à maioria da população, tanto em grandes centros urbanos como em cidades mais longínquas. Enganaram-se aqueles que profetizaram o fim do rádio - que neste domingo completa 89 anos no país - com o surgimento da televisão, também no século passado, e das novas mídias e da internet.
“Aliado do desenvolvimento econômico e social, atento às ações dos poderes públicos, e eficiente prestador de serviços à sociedade, o rádio é um elemento fundamental de construção da cidadania e de consolidação da vida democrática brasileira”, afirma o presidente da Abert, Emanuel Soares Carneiro. "É ele quem conhece e fala melhor sobre a vida das comunidades, os seus problemas, as suas conquistas", afirma.
No último dia 21, muitos profissionais do rádio comemoraram o Dia do Radialista, celebrado em 7 de novembro pelo calendário oficial.
Oficialmente, as primeiras ondas eletromagnéticas foram transmitidas no país em 7 de setembro de 1922, na comemoração do centenário da independência. Mas é no dia 25 de setembro, data de nascimento de Roquette Pinto, o ‘pai do rádio brasileiro’, que se comemora por aqui o marco inicial do veículo de comunicação.
No entanto, o rádio pode ter razões para comemorar mais anos de vida no Brasil. A história oficial não reconhece, mas pesquisas apontam que a primeira transmissão de voz humana à distância no mundo foi realizada pelo padre e cientista brasileiro Landell de Moura, em 1900.
Graças ao modelo federativo integrado por emissoras comerciais AM e FM, o rádio brasileiro garante a integração nacional, a valorização da cultura, a afirmação dos costumes e o acesso amplo e gratuito à informação.
Contrariando previsões, a mais antiga das mídias eletrônicas de massa aposta na internet para ampliar seu alcance, na segmentação para buscar novos públicos e nos novos recursos tecnológicos para melhor sua rentabilidade, explica Emanuel Carneiro. Enquanto aguarda a definição do padrão digital, os radiodifusores buscam melhores condições de operação como o uso dos canais 5 e 6, na faixa de FM, por emissoras AM, por exemplo.
Fonte: Abert
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