terça-feira, 11 de maio de 2010

Relato de doutorado!!!

Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima.
Trata- se de um Brasil que a gente não conhece .
As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil umpouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir afazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui. Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.
Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Prafalar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense,piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com aterra.
Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa éfuncionária pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista seconcentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além daprefeitura é claro) ou a pessoa trabalha no comércio local ou recebeajuda de Programas do governo. Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portantorestam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas quesão muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista aManaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 kmreserva indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 damanhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelosíndios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.
Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena,diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.
Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não temuma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, masa maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas.
É comum se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara dequem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las,mas no final das contas, pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí. camu-camu etc.,medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode sepreparar para pagar ' royalties ' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicosda Amazônia...Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os americanos vão acabar tomando a Amazônia.
E em todas elas ouvi a mesmaresposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de umasenhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam.Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.
A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito denação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome denação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarãolibertando os povos indígenas.
Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo dafronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com opseudo objetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico,aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela.
Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se foramericano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidentediplomático). .. Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
Pergunto inocentemente às pessoas: porque os americanos querem tantoproteger os índios ? A resposta é absolutamente a mesma, porque asterras indígenas além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam aser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO..
Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorroa alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.
É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasilirá diminuir de tamanho.
Será que podemos fazer alguma coisa???
Acho que sim.
Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fiquesabendo desses absurdos.
Mara Silvia Alexandre Costa
Depto. de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP
Opinião pessoal: Gostaria que você que recebeu este e-mail, o repasse para o maiornúmero possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante queo país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornaisantes que isso venha a acontecer.
Afinal foi num momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeuslançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraquezanorte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundoa fim de antecipar a próxima guerra. Conto com sua participação, noenvio deste e-mail.
Celso Luiz Borges de Oliveira
Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP
Miguel de Souza da Silvamss17@hotmail.com
A natureza e um bem que pertence a todos , vamos preserva - la

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