Alguém se dispôs a responder a tudo o que os publicitários querem saber, mas têm medo de perguntar. Ted Royer, o prestigiado executivo de Criação da Droga5 New York, atraiu centenas de pessoas em Cannes nesta segunda-feira, que, sentadas no chão, o metralharam de perguntas – algumas embaraçosas.
Royer já trabalhou em 4 continentes e comanda uma agência de renome, cuja proposta, ambiciosa, e ser a mais influente do século. Vestido com camisa xadrez, bermuda e chinelos, ele faz propaganda do clima descontraído que cobra da equipe na busca por soluções brilhantes. Da mente dele saíram cases de sucesso que renderam prêmios a clientes como Nike, HP, Barack Obama e Microsoft.
A palestra de Royer se concentrou numa lista de dicas intercalada com a exibição das campanhas que lhe deram fama. Defensor de uma relação honesta entre cliente e agência, Royer fez de seus dizeres uma espécie de mantra a ser seguido. "Não há fórmula para criatividade"; "Seja simples"; "Procure a verdade, às vezes ela esta à sua frente"; "Ao invés de só discutir o problema, resolva-o; "Aproveite uma paixão verdadeira"; "Seja generoso com seu tempo e talento" e "O cinismo é o inimigo" são as principais lições.
Uma, no entanto, merece mais destaque. Royer destinou boa parte do tempo na defesa de que o público é preguiçoso demais para interagir com a propaganda. O que não chega a ser novidade, afinal as marcas estão tentando seduzi-lo o tempo todo. Na visão dele, as ações que nascem com a premissa de gerar mobilização perdem força se contarem com esta conexão espontânea. Por isso a busca pela grande ideia não sai da boca dos publicitários.
Diante dos criativos, o sagaz Royer não perdeu a chance de alfinetá-los. Tocou na ferida da arrogância, característica atribuída ao cargo que tradicionalmente é carregado – e pautado - pelo glamour. O puxão de orelha foi claro: “Você tem 23 anos e quer ser arrogante? OK, quem é você, entâo?”, brincou com uma das garotas que lá estavam.
O tom de bate-papo seguiu até o final, quando Royer aproveitou uma pergunta profunda para massagear o ego do evento que se alimenta disso. Perguntado sobre qual acontecimento mais o inspirou na vida, falou o que Narciso gostaria de ouvir. “Claro que é este encontro com todos vocês”.
Por Marcelo Gripa
Uma, no entanto, merece mais destaque. Royer destinou boa parte do tempo na defesa de que o público é preguiçoso demais para interagir com a propaganda. O que não chega a ser novidade, afinal as marcas estão tentando seduzi-lo o tempo todo. Na visão dele, as ações que nascem com a premissa de gerar mobilização perdem força se contarem com esta conexão espontânea. Por isso a busca pela grande ideia não sai da boca dos publicitários.
O tom de bate-papo seguiu até o final, quando Royer aproveitou uma pergunta profunda para massagear o ego do evento que se alimenta disso. Perguntado sobre qual acontecimento mais o inspirou na vida, falou o que Narciso gostaria de ouvir. “Claro que é este encontro com todos vocês”.
Por Marcelo Gripa
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