Como era de se esperar, as redes sociais foram tomadas por uma enxurrada de mensagens sobre a morte da cantora Amy Winehouse, anunciada no último sábado. No Brasil, o Ibope confirmou mais de 430 mil mensagens no fim de semana, sendo 320 mil no dia do anúncio.
Uma análise qualitativa aponta que um grande número de pessoas queixou-se do tom negativo com o qual os internautas se referiam a Amy anteriormente e que, após sua morte, mudaram o discurso para declarar amor por ela.
Entraram na pauta também discussões em torno da idade com que a cantora morreu, 27 anos, assim como Kurt Cobain, Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Jim Morrison e outros artistas.
Um menor número de mensagens, embora relevante, foi o do volume de piadas relacionadas ao fato, tais como um suposto velório “open bar”, ou de que o corpo retirado da casa de Amy era o de Dercy Gonçalves, entre outras.
O Ibope informa ainda que cerca de 1.800 mensagens referiam-se a ela utilizando grafia equivocada: “Emy”, termo que chegou a figurar por algumas horas entre os trending topics do Twitter.
Exploração comercial
O fato logo virou oportunidade para que as músicas da cantora ganhassem apelo comercial. Amazon, Apple e Microsoft usaram suas estratégias, mas a última delas se deu mal. As informações são do Mashable
À medida que a notícia se espalhava pelos rápidos ventos digitais, uma pequena conta destinada ao Xbox, da MS, foi usada para estimular os fãs a baixarem o disco Back to Black, um dos hits de Amy.
Cerca de uma hora após a mensagem se disseminar, a empresa passou a ser questionada sobre um possível mau gosto e uso de grosseira. Logo depois, veio o pedido de desculpas: "Pedimos desculpas se o tweet anterior soou puramente comercial. Garantimos que está longe desta intenção", desculpou-se a empresa.
A Apple e a Amazon também usaram o acontecimento com viés parecido. Sob o título "Lembrança de Amy Winehouse", uma foto da cantora doi publicada no iTunes, com mensagem que dizia sobre o sucesso comercial do mesmo álbum na loja. "Back to Black ganhou o Grammy e foi o número um no iTunes.
No caso da Amazon, um obituário foi publicado com link para um endereço que vendia músicas da cantora. Consequência ou não, as vendas de Back to Black aumentaram 37 vezes após a morte de Winehouse.
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