Inflação em alta - O IBGE divulgou esta semana que o IPCA subiu 0,37% em agosto em relação a julho, acumulando alta de 7,23% em 12 meses, a maior desde junho de 2005. Preços dos alimentos voltaram a aumentar e os dos serviços, que já sobem quase 9% em 12 meses, continuam não dando trégua.
Por causa da entressafra, alimentos devem continuar pesando no bolso nos próximos meses. A inflação mensal deve subir, mas no acumulado em 12 meses, cair um pouco, podendo voltar a subir no ano que vem.
Ata do Copom - O BC divulgou esta semana o documento com as explicações para a queda da taxa de juros em 0,5 ponto. O cenário previsto para a economia mundial é pessimista. O BC acha que ela crescerá menos, por causa da crise, o que ajudaria a derrubar a inflação. Mas acontece que os preços dos alimentos continuam em alta.
O BC tem razão quando fala que a economia internacional está pior e que há muitas incertezas, mas será que isso é suficiente para baixar a inflação?
No Brasil, o IPCA deve mesmo cair um pouco no fim do ano, no acumulado em 12 meses, mas ainda terá de absorver os preços dos serviços, que devem subir com a alta de quase 14% do salário mínimo em 2012.
Também há muitos pontos soltos na ata. Diz, por exemplo, que o cenário para a inflação "acumulou sinais favoráveis", mas na verdade, piorou. Para alguns analistas, há problemas na comunicação do BC.
O 11 de setembro e a economia - No domingo, o atentado às Torres Gêmeas completa dez anos. Durante a semana todos os jornais, TV, revistas daqui e do exterior lembraram a data. E houve até a revelação do Wall Street Journal, confirmada mais tarde pelo prefeito de NY, que havia ameaça de outro atentado.
Os Estados Unidos mudaram completamente desde o 11 de setembro. Há dez anos, estavam com superávit orçamentário, pleno emprego e crescimento forte, agora, a realidade é outra.
Tudo o que aconteceu na economia de lá para cá tem a ver com o 11 de setembro. As empresas de seguro quase quebraram, as companhias aéreas tiveram dificuldade de encontrar passageiros e pagar os seguros.
Uma crise de confiança se espalhou pelo mundo e para reverter isso as grandes economias reduziram drasticamente os juros e aumentaram o gasto público. Bancos concederam empréstimos excessivos, até para quem não podia pagar, o que acabou na crise do subprime. Os governos tiveram de gastar muito para salvar os bancos e agora estão quebrados.
EUA anunciam pacote para criar emprego - O presidente dos EUA, Barack Obama, propôs ontem um pacote de US$ 447 bilhões para a criação de empregos. A proposta, que prevê corte de impostos de empregadores e investimentos em obras públicas, ainda tem de passar pelo teste mais díficil: ser aprovada pelo dividido Congresso.
O discurso de Obama mostrou um país desesperado para criar emprego - a taxa de desocupação está em 9,1%. O que se pode concluir é que o presidente está tentando reverter a situação desfavorável na economia, mas não há novidades no programa. É mais campanha política do que política pública de criação de emprego.
Os mercados não reagiram muito bem: as principais bolsas mundiais estão em queda.
Valorização cambial - O Banco Central da Suíça estabeleceu esta semana um limite para a valorização do franco. Foi fixada a cotação mínima do euro a 1,20 franco suíço, que está servindo de refúgio nesse momento de crise.
CPMF - O debate em torno da volta da CPMF ocupou grande parte do noticiário esta semana. Governadores e líderes do governo falaram sobre o imposto que foi criado para ser temporário e para a saúde, mas acabou permanente e financiando outros setores.
Nesse período sem CPMF a carga tributária continuou aumentando. Ou seja, o governo criou outros impostos para compensar o tributo.
Preocupação nos mercados - A semana começou com as bolsas em queda, porque os mercados voltaram a se preocupar com a Itália. A corte alemã acabou decidindo que o fundo de estabilização financeira é constitucional, mas isso também causou apreensão. Hoje, as principais bolsas mundiais estão em queda, inclusive a Bovespa.
Emprego na indústria cai - Em julho, a queda foi de 0,1% em relação a junho, quando já havia registrado baixa de 0,1%, segundo o IBGE. Já o número de horas pagas aos trabalhadores teve pequena alta, de 0,1%.
Inflação na China desacelera - Dados divulgados hoje mostram que a inflação ao consumidor recuou de 6,5% para 6,2% em agosto
Fonte: Enviado por Míriam Leitão
Por causa da entressafra, alimentos devem continuar pesando no bolso nos próximos meses. A inflação mensal deve subir, mas no acumulado em 12 meses, cair um pouco, podendo voltar a subir no ano que vem.
Ata do Copom - O BC divulgou esta semana o documento com as explicações para a queda da taxa de juros em 0,5 ponto. O cenário previsto para a economia mundial é pessimista. O BC acha que ela crescerá menos, por causa da crise, o que ajudaria a derrubar a inflação. Mas acontece que os preços dos alimentos continuam em alta.
O BC tem razão quando fala que a economia internacional está pior e que há muitas incertezas, mas será que isso é suficiente para baixar a inflação?
No Brasil, o IPCA deve mesmo cair um pouco no fim do ano, no acumulado em 12 meses, mas ainda terá de absorver os preços dos serviços, que devem subir com a alta de quase 14% do salário mínimo em 2012.
Também há muitos pontos soltos na ata. Diz, por exemplo, que o cenário para a inflação "acumulou sinais favoráveis", mas na verdade, piorou. Para alguns analistas, há problemas na comunicação do BC.
O 11 de setembro e a economia - No domingo, o atentado às Torres Gêmeas completa dez anos. Durante a semana todos os jornais, TV, revistas daqui e do exterior lembraram a data. E houve até a revelação do Wall Street Journal, confirmada mais tarde pelo prefeito de NY, que havia ameaça de outro atentado.
Os Estados Unidos mudaram completamente desde o 11 de setembro. Há dez anos, estavam com superávit orçamentário, pleno emprego e crescimento forte, agora, a realidade é outra.
Tudo o que aconteceu na economia de lá para cá tem a ver com o 11 de setembro. As empresas de seguro quase quebraram, as companhias aéreas tiveram dificuldade de encontrar passageiros e pagar os seguros.
Uma crise de confiança se espalhou pelo mundo e para reverter isso as grandes economias reduziram drasticamente os juros e aumentaram o gasto público. Bancos concederam empréstimos excessivos, até para quem não podia pagar, o que acabou na crise do subprime. Os governos tiveram de gastar muito para salvar os bancos e agora estão quebrados.
EUA anunciam pacote para criar emprego - O presidente dos EUA, Barack Obama, propôs ontem um pacote de US$ 447 bilhões para a criação de empregos. A proposta, que prevê corte de impostos de empregadores e investimentos em obras públicas, ainda tem de passar pelo teste mais díficil: ser aprovada pelo dividido Congresso.
O discurso de Obama mostrou um país desesperado para criar emprego - a taxa de desocupação está em 9,1%. O que se pode concluir é que o presidente está tentando reverter a situação desfavorável na economia, mas não há novidades no programa. É mais campanha política do que política pública de criação de emprego.
Os mercados não reagiram muito bem: as principais bolsas mundiais estão em queda.
Valorização cambial - O Banco Central da Suíça estabeleceu esta semana um limite para a valorização do franco. Foi fixada a cotação mínima do euro a 1,20 franco suíço, que está servindo de refúgio nesse momento de crise.
CPMF - O debate em torno da volta da CPMF ocupou grande parte do noticiário esta semana. Governadores e líderes do governo falaram sobre o imposto que foi criado para ser temporário e para a saúde, mas acabou permanente e financiando outros setores.
Nesse período sem CPMF a carga tributária continuou aumentando. Ou seja, o governo criou outros impostos para compensar o tributo.
Preocupação nos mercados - A semana começou com as bolsas em queda, porque os mercados voltaram a se preocupar com a Itália. A corte alemã acabou decidindo que o fundo de estabilização financeira é constitucional, mas isso também causou apreensão. Hoje, as principais bolsas mundiais estão em queda, inclusive a Bovespa.
Emprego na indústria cai - Em julho, a queda foi de 0,1% em relação a junho, quando já havia registrado baixa de 0,1%, segundo o IBGE. Já o número de horas pagas aos trabalhadores teve pequena alta, de 0,1%.
Inflação na China desacelera - Dados divulgados hoje mostram que a inflação ao consumidor recuou de 6,5% para 6,2% em agosto
Fonte: Enviado por Míriam Leitão
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